The night Dirty Honey took us straight back to the 70s
The night Dirty Honey took us straight back to the 70s

The night Dirty Honey took us straight back to the 70s

Na segunda-feira, 21 de julho de 2025, o LAV – Lisboa ao Vivo foi palco para a apresentação da banda norte-americana Dirty Honey, parte da sua turnê europeia Mayhem & Revelry Tour 25. A banda portuguesa The Bateleurs contribuiu para animar a noite. Foi uma noite mágica e espetacular onde estivemos presentes para relatar tudo o que ocorreu. Nossos agradecimentos a House of Fun.

The Bateleurs

Quem estava presente às 21 horas pontualmente certamente não se arrependeu, a banda portuguesa The Bateleurs adentrou o palco e não deixou uma viva alma sem reação no LAV. Com todo o poder vocal assombroso de Sandrine Orsini e uma banda de alto calibre, ficou fácil para a banda domar o público que chegava e cada vez mais iam se juntando na frente do palco.

Com uma sonoridade que tráfega de forma primorosa por vários elementos, a sua energia ‘vintage’ e sonoridade de blues‑rock autêntico é extremamente cativante, muito pela qualidade dos músicos presentes e pela capacidade vocal de Sandrine que é simplesmente brutal. A banda preparara-se para lançar o seu próximo álbum que deve sair em meados de novembro. Até lá mantenha os seus ouvidos bem atento ao que eles estão a fazer, você não vai se arrepender.

DIRTY HONEY

Considerada uma das revelações mais fortes do rock atual, o Dirty Honey trouxe em palco o álbum de estúdio de 2023 Can’t Find The Brakes e o disco ao vivo Mayhem and Revelry Live lançado no início de 2025, e logo nos primeiros acordes foi possível sentir a energia e a conexão da banda com o público presente que já ocupava boa parte do LAV.

Bastaram os primeiros riffs de “Califórnia Dreamin’” para transformar a sala num autêntico ritual de energia e libertação. Os Dirty Honey apresentaram uma atuação firme, coesa e sem momentos mortos. O frontman Marc LaBelle comanda o espetáculo com um carisma natural e uma voz que não falha potente, suja na medida certa e cheia de feeling, lembrando muito um encontro de Robert Plant com a banda fictícia Stillwater (do filme Almoust Famous). A guitarra de John Notto foi um dos grandes destaques da noite, com solos cheios de garra e riffs capazes de incendiar qualquer fã de rock, ele foi um show a parte, temos que mencionar a cozinha perfeita do baixista Justin Smolian e do mais recente membro da banda o baterista Jaydon Bean.

O alinhamento mesclou faixas do mais recente álbum Can’t Find The Brakes, como “Won’t Take Me Alive” e “Dirty Mind”, com clássicos dos primeiros lançamentos como “Rolling 7s”, “Heartbreaker” e a inesquecível “Another Last Time”, que foi cantada a plenos pulmões pelo público numa comunhão intensa e emotiva. Outro destaque foi o hit “When I’m Gone” que recentemente ganhou destaque com o filme campeão de bilheteira Minecraft conquistando fãs mais jovens.

O grande destaque é que a banda não precisa de grande produção, nada de pirotecnia ou espetáculos visuais exagerados, apenas músicos talentosos a fazerem o que sabem melhor, embora simples, foi eficaz ao servir exatamente o que a proposta da banda exige: autenticidade e rock “n” roll. E o público reconheceu isso com entusiasmo, aplausos e uma energia coletiva que transformou o LAV certamente. Poucas segundas-feiras são tão potentes como esta, quem viu certamente saiu de lá realizado e com muita positividade para encarar o resto da semana.

Artist: Dirty Honey

Photographer: Vitor Lage

Reviewer: André Alonso

Venue: Lisbon Live

City: Lisbon

Country: Portugal

Artists: Dirty Honey

en_USEnglish