No passado sábado dia 29 de Novembro de 2025 os Azzaya vindos de Portalegre apresentaram à sua legião o EP “Infernal Blasphemia”, lançado no próprio dia, realizado no intimista BackStage Live (Cooperativa Cultural) em Alcântara (Lisboa) com o apoio de Maledict Records e War Productions.
LEGIÃO OCULTA
Abrem as ostes então os Legião Oculta apresentando 5 escuros e profanos temas com:
Voz de M., Guitarra- A.S. e J.A, Bateria- T. e Baixo- R.S (War Faust). Destaque para a estreia do baterista “T.” o seu primeiro concerto com Legião Oculta. Foi apresentado a sua Demo “MMXXV” na totalidade com as suas 4 faixas “My Voyage into realms of Darkness”, “Satanic Madness Evil and Hate”, “Legions of Death”, “Your World Will Fall “ e completando o seu setlist com o seu novo tema “Black Bourbon”.


Destaque pela sua presença em palco gélida e negra com blast beats intensos e cortantes, o vocalista M. demonstra o seu poder vocal diferenciado e brutal logo no primeiro tema “My Voyage into realms of Darkness”, as suas letras são profundas retratam um estado de espírito, a exploração de lados sombrios da existência e da mente humana, existem partes atmosféricas perfeitamente executadas com o poder fazer qualquer mente viajar.
O seu segundo tema “Satanic Madness Evil and Hate” é criada uma atmosfera Blasfémica, os seus os “gritos rasgados” conjuntamente com os seus extremos blast beats, as guitarras sangram da sua velocidade extrema e o baixo acompanha e enche todo o corpo da música, o Ódio e a Loucura representam o melhor do Black Metal neste seu tema, o terceiro tema “Legions of Death” é um hino Sombrio de guerra que retrata o poder da destruição e da morte, o seu quarto e ultimo tema da sua Demo “MMXXV”- “Your World Will Fall” aborda o colapso total e a ”vitoria” do Niilismo, um dos temas mais técnicos da Banda.
intenso e negro, como manda a Lei do Black Metal. Os Legião Oculta demonstram o mais profundo do ‘Underground’ do Black Metal, demonstram também a excelência que existe no underground nacional.
Após um curto tempo de intervalo onde se salienta o convívio e a amizade entre os vários membros tanto das bandas como do publico, a demostração perfeita do puro underground.
Legacy of Payne
Começa então Legacy of Payne os Thrashers diretamente do Ribatejo, apresentam então o seu Thrash agressivo cheio de técnica e rapidez com:
- Voz- André Bento
- Guitarra- Nuno Romero e Paulo Marques
- Baixo- Flávio Guerra
- Bateria- Alexandre Franco.
O seu setlist foi composto pelas 8 descargas rápidas e perfeitamente executadas do seu primeiro álbum “Spawn of Creation” lançado em abril de 2025, foram estas então:
“We Born”, “Open Neck”, “State Of Agression”, “March into Damnation”, “Skull Crusher”, “Gates of Madness”, “Reign Of Death” e “Burn The Down”. Começa o primeiro tema “We Born” do álbum “Spawn of Creation”, o nascimento de um mundo de caos e conflito é transmitido ao público pela sua guitarra cortante como manda a lei do Thrash Metal, acompanhado pela sua bateria a uma velocidade sónica, segue-se o tema “Open Neck” com uma violência fatal a voz de André Bento encaixa perfeitamente nas guitarras cortantes, um tema que com a presença de alguns violentos “breakdowns” , a bateria conjuntamente com o baixo dá um efeito “groove” ao seu tema, a vulnerabilidade, destruição social e a morte violenta são temas abordados em “Open Neck”.


Passamos para” State of Agression” destacando-se por ser um dos seus temas mais rápido, com menos “groove” e mais inspirado num “Thrash Old School”, fala de agreção da violência social, critica a sociedade, onde a violência tornou-se um estado padrão, destaca-se a sua presença em palco puxando pelo público. Surge o quarto tema da noite, destino trágico e o desespero coletivo são abordados pelos “Legacy of Payne” no tema “March into Damnation”, segue-se o tema “Skull Crusher” o título por si só vai diretamente ao tema, o ato de violência a agressão bruta e a destruição.
“Gates of Madness”- Um foco no colapso Mental abandonando a importância do corpo, a perda do controlo emocional e mental surge conjuntamente com os seus riffs mais complexos que anteriormente criando diversas mudanças de tempo, entramos para os últimos 2 temas, segue-se “Reign of Death” o seu primeiro single, aborda a inevitabilidade da morte sobre o mundo mortal a sua velocidade e agressividade são totalmente notáveis. O último tema desta noite mortífera dos “Legacy of Payne”- “Burn The Down” dedicado a todos os odiados, destaca-se pelo ritmo cativante e pelo “groove”. Uma banda pronta para entrar nos grandes Palcos do Thrash Metal em Portugal.
AZZAYA
Azzaya para muitos a banda mais esperada da noite, a apresentar o seu novo EP “Infernal Blasphemia” com:
Voz- Gabriel Warmann,Guitarra- André Marmelo, Baixo- Luís Simão e Bateria- Francisco Gandum. O seu setlist foi composto por 11 temas:
“Raging Satanic Aggression”, “I Begin”, “Black Death Assault”, “Ira”, “Anticristo”, “Luxúria” que contou com a participação de Mónica Coelho na voz, “None Shall Serve” com outra participação especial de Nuno Romero guitarrista de Legacy of Payne e de Aodh vocalista de Gandur, “Of Blood, Gold ” com a participação de Lord Cal´Hav de Opus Draconian, “Profane Destruction”, “Um coveiro Enforcado” e “Cabritos de Deus”.



Começa então a noite Negra de Azzaya com o seu visual profano, representando no seu tema “Raging Satanic Aggression” do seu EP “Raging Satanic Aggression” lançado em dezembro de 2024, a agressividade do Black Metal Underground, um tema do qual aborda a Blasfémia, o Satanismo e o ocultismo de uma forma crua com riffs rápidos e agressivos, bateria intensa com blast beats, e os vocais rasgados. o segundo tema I Begin tema que deu o nome ao seu último álbum lançado em 2024, marcado pela sua guitarra rápida, a presença em palco de Azzaya tem uma identidade muito própria que por si só atrai e chama a atenção do público.
Chega a terceira música, uma das mais esperadas e promissoras do novo EP “Infernal Blasphemia” com “Black Death Assault”, uma descarga de agressividade com a sua guitarra cortante e a bateria ritmada e cativante a acompanhar, uma verdadeira invasão de “Black/Death Metal”, o quarto tema da noite “Ira”, aborda temas mentais, como a frustração a desilusão e a própria “Ira” a “brutalidade” sonora de Azzaya continua a faixa “Anticristo” do seu EP “Raging Satanic Agression” um tema sobre o anticristianismo que se manifesta contra a religião cristã.


Segue-se o sexto tema “Luxúria” começa a surgir os convidados para a continuação de uma noite negra e profana surge então a participação de Mónica Coelho, marcado pela sua voz limpa e profunda, a sua interpretação e presença teatral em palco faz sobressair a “arte negra” de Azzaya, no seu sétimo tema “None Shall Serve” surge então a entrada de mais uma guitarra e uma voz “extra”, participação de Nuno Romero de “Legacy of Payne” e de Aodh de “Gandur”, sente-se sonoramente a entrada de mais uma guitarra, aumenta o “peso”, a voz rasgada e rouca de Aodh com a voz melódica de Gabriel Warmann cria um clima negro e atmosférico.
A partir da sétima música até ao fim do concerto Gabriel Warmann encarrega-se do baixo e Luís Simão passa para a guitarra, com duas guitarras em palco. Eis que começa “Of Blood Gold”- marcado pela participação de Lord Cal’Hav de Opus Draconian a demonstrar a sua voz “Raw Black Metal” com Gabriel Warmann a acompanhar, faz-se notar um Black metal mais “raw” e mais primordial, surgem também vindos da bateria a grande presença de “tambores rítmicos” segue-se o tema “Profane Destruction” marcado pelas mudanças rítmicas e pela suas acelerações.
“Um Coveiro Enforcado” e “Cabritos de Deus” dois temas em português ambos marcados pela sua profanidade e pelas suas temáticas “sombrias” encerraram a Missa Negra de Azzaya, uma banda promissora no Black Metal português que demonstram que o underground está bem vivo e cheio de força, uma noite que contou com um ambiente negro e contagiante.



Artists: Azzaya

