Na última sexta-feira, o RCA Club, em Lisboa, recebeu uma verdadeira viagem no tempo. Blaze Bayley, eterno guerreiro do heavy metal e ex-vocalista do Iron Maiden, subiu ao palco para celebrar os 30 anos de “The X Factor”, disco que marcou uma das fases mais sombrias e subestimadas da Donzela de Ferro. E, se o objetivo era revisitar essa era com emoção e peso, missão cumprida e com honras.
O evento organizado pela Metal’s Alliance, com considerável atenção e planejamento, contou, um dia antes, com uma esplêndida noite de Meet & Greet antecipado no Valhalla Rock Pub, e, no próprio dia do concerto, foi realizada mais uma sessão de autógrafos e fotografias com os fãs, que esgotaram todos os ingressos e ocuparam todos os espaços disponíveis do RCA. As 21:30 os músicos da banda de Blaze subiram ao palco e começaram logo os primeiros riffs de “Doctor Doctor” dos UFO, tema de abertura dos concertos de Iron Maiden. Enquanto a banda tocava o publico cantava a música a plenos pulmões. Quando o mestre de cerimônias entrou no palco e cumprimentou todos, a música “Sign Of The Cross” começou e deixava claro que aquela noite de sexta-feira seria muito especial.
Poucas vezes vi um RCA tão cheio e com uma expectativa tão grande, temos que frisar e dar parabéns a produção que organizou tudo tão bem, o som da casa que estava espetacular e todo o ambiente que se viveu naquela noite épica. Blaze demonstrou todo o seu carisma com uma postura altamente comunicativa com o público demonstrando o quanto subestimado ele foi tratado pela midia e por até alguns fãs mais fervorosos do Iron, que hoje reconhecem o seu contributo a banda.
Quando a poderosa trinca “Lord of the Flies”,”Man on the Edge” e “Fortunes of War” apareceram o jogo já estava mais do que ganho, eu sempre digo que o X-Factor envelheceu muito bem nestes 30 anos, é normal vermos fãs dizendo que na altura não gostaram desta mudança não só de vocalistas como da própria sonoridade, demonstrando um Iron Maiden mais sombrio e obscuro e que hoje adoram este trabalho por completo. Em “The Aftermath” e “2 A.M.” Blaze demonstrou toda a sua potencia vocal que mesmo no alto de seus 62 anos continua impecavel, e aconselhando ao publico para que “não desistam dos seus sonhos”.
Já na parte final, algumas surpresas que aqueceram a alma de todos com uma versão acústica e intimista de “Como Estais Amigos?”, e outros dois classicos ” The Clansman” e “Futureal” ambas do álbum Virtual XI segundo trabalho de Blaze Bayley no Iron Maiden e lançado em 1998. Ainda deu tempo de mandar um classico do segundo álbum do Iron “Wrathchild” que foi como a cereja do bolo, uma surpresa agradável e que caiu como uma luva no fim do concerto, com o público sentindo que todos ali participaram de algo especial.
O concerto de Blaze Bayley no RCA foi um tributo autêntico a uma fase esquecida do metal e, ao mesmo tempo, uma celebração da resistência e da paixão que movem o gênero. Blaze celebrou The X Factor, e Lisboa celebrou Blaze Bayley, um verdadeiro sobrevivente, ainda capaz de inspirar com humildade, força e resiliência.
Artists: Blaze Bayley
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